quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Educação se traz de casa

Em junho de 2009, o Ministério do Meio Ambiente lançou a campanha “Saco é um saco” para que os brasileiros não peguem sacos e sacolas plásticas durante as compras. Costuma-se aceitá-la porque é de graça e serve para pôr lixo dentro. Elas levam até 500 anos para se decompor naturalmente. Nesse tempo, podem causar enchentes e a morte de animais.



No mesmo ano, um pequeno supermercado de Porto Belo já havia tentado distribuir aos clientes 500 sacolas ecológicas feitas de uma fibra vegetal. Como estímulo, eles recebiam um número para concorrer a prêmios. Segundo a gerente administrativa do estabelecimento, Edenise Rocha, a iniciativa não deu certo porque “as pessoas deixavam a sacola em casa e a usavam em outras coisas.” Por isso, o supermercado passou a vender sacolas ecológicas. Já foram 50, metade do estoque.

A venda de sacolas ecológicas faz parte
de uma campanha de conscientização.
(Divulgação/Supermercados Xande)
Em novembro de 2009, uma rede de supermercados, com loja em Porto Belo, começou a vender sacolas feitas a partir da reciclagem de garrafas PET. “Escolhemos esse tipo pelo apelo, porque já passou por um processo de reciclagem”, afirma Fabiano Fortunato, do departamento de compras. Segundo o funcionário, 1.200 sacolas foram vendidas de um estoque inicial de 2 mil. 


Como parte da campanha pelo consumo sustentável, também aconteceu a troca das sacolas plásticas convencionais por um tipo que se decompõe em menos tempo, entre outras medidas.



O uso de sacolas plásticas descartáveis é um desperdício de material. Na maioria das vezes seguem para os lixões sem separação e, assim, não serão usadas na produção de novos sacos. Então aumenta o consumo de petróleo ou gás natural, recursos não-renováveis. O processo de refino do petróleo também consome água, energia e polui.

Até junho deste ano, a campanha do ministério já havia reduzido o consumo em 800 milhões de sacolas plásticas. No mundo são distribuídas entre 500 bilhões e 1 trilhão de sacolas plásticas por ano. Em 2009, o Brasil consumiu 15 bilhões, média de 80 sacolas plásticas por brasileiro.


Em alguns municípios e estados brasileiros surgem leis para amenizar o problema. A maioria obriga a troca das sacolas plásticas convencionais por biodegradáveis, tipos mais resistentes, reutilizáveis ou mesmo por sacos de papel. A mais recente entrou em vigor no estado do Rio de Janeiro em julho deste ano.

Já população, governo e empresários de Xanxerê, no oeste de Santa Catarina, estão unidos desde o ano passado para acabar com a distribuição gratuita de sacolas plásticas. Segundo o blog da campanha “Saco é um saco”, do Ministério do Meio Ambiente, o consumo caiu em 85% em um ano e a iniciativa se espalhou para outros municípios da região e Jundiaí, no interior de São Paulo.

Ao redor do mundo, existem desde leis que obrigam o cliente a pagar por cada sacola plástica, passando pela determinação para as lojas disponibilizarem um recipiente para deixar as sacolas de plástico em local visível, até simples campanhas de conscientização. Também há lugares em que o simples ato de usar uma sacola plástica pode levar à cadeia.

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