quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Moradores do Araçá experimentam serviço de coleta seletiva

A comunidade do Araçá, assim como o município de Porto Belo, testa o serviço de coleta seletiva desde janeiro de 2009. Cerca de 300 residências e todos os comércios do bairro escolheram participar. O mesmo número está cadastrado no Centro, que aos poucos foi sendo atendido desde o começo do ano.


A coleta seletiva também atende 30 residências no bairro Perequê há cerca de um mês. Segundo Marcel Paulino, da cooperativa encarregada pelo serviço, a expansão segue um cronograma e o bairro Vila Nova pode ser o próximo.


Os moradores do Araçá aprovaram o serviço (veja o vídeo) e Marcel está empolgado com a participação dos porto-belenses. “Foi positivo. A consciência ambiental do pessoal de Porto Belo é acima da média, acima dos outros municípios. As pessoas participam, se cadastram. Agem como agentes multiplicadores. Um chama o outro.”


Na avaliação da assessora de imprensa da prefeitura, Mariana Ferrary, a aceitação da comunidade do Araçá surpreendeu porque o lugar tem fama de ser pouco receptivo a propostas que não venham dos próprios moradores. “O Araçá é uma comunidade unida. Basta um comprar a ideia para todos fazerem também.”


Interessados, inclusive de outras regiões da cidade, podem se cadastrar pelo e-mail coopervatcoletaseletiva@gmail.com, na Secretaria Municipal de Turismo e nos supermercados Costa Esmeralda e Junior. Marcel Paulino distribui panfletos para orientar os moradores cadastrados. Talvez haja divulgação da coleta seletiva em 2011. Todo o material é doado por uma empresa de embalagens, parceira da cooperativa.


Segundo a prefeitura de Porto Belo, antes deste projeto piloto não existia coleta seletiva, mas alguns catadores se encarregavam do trabalho. Eles são poucos no município e costumam trabalhar nos bairros Perequê e Vila Nova. De acordo com Marcel Paulino, da cooperativa encarregada pelo serviço, poucos catadores vão para o Centro e o Araçá por causa do trânsito.


A coleta seletiva prioriza o centro do bairro Araçá, onde está a maior parte das residências. O caminhão recolhe o lixo reciclável no Estaleiro só durante a temporada, quando aparece um ponto de coleta no final da rua.


Trabalho cigano


Desde o começo do ano o material reciclável é separado em um galpão no bairro Alto Perequê. Em novembro de 2009, moradores do bairro Vila Nova incendiaram um galpão no bairro porque não concordavam com o tratamento do lixo no local. Então, a cooperativa fez o serviço provisoriamente em Tijucas.


A instalação do espaço em Porto Belo é fundamental para a ampliação do serviço. “Podemos oferecer mais oportunidades de emprego e, com a chegada dos equipamentos, melhores preços às empresas que compram o material reciclável”, explica Marcel Paulino.




Reciclar é mais do que decorar as cores das lixeiras


Em diversos lugares é possível encontrar lixeiras coloridas. Essas cores nos indicam em qual dos cestos jogar cada tipo de material reciclável. Mas, na coleta do lixo doméstico, normalmente o material não fica separado dentro do caminhão, segundo o professor de Educação Ambiental da Univali, José Matarezi. “Não necessariamente precisa decorar as cores dos cestos de lixo. Basta saber separar o orgânico (também chamado de úmido) do inorgânico (seco).”


De acordo com o professor, podemos aprender a técnica correta e enterrar o lixo orgânico no quintal. Devemos também reduzir o consumo para diminuir a quantidade de lixo. Se não der, “escolha produtos que não venham com tanto plástico ou papel na embalagem”, por exemplo.


Não é preciso se lembrar das cores. Em casa,
basta separar o lixo orgânico do inorgânico. (sxc.hu)

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