Arquitetos de construtoras de Bombinhas e Itapema escolheram as esquadrias de alumínio e de PVC sustentáveis porque não deixam o som sair, nem o calor entrar. Assim, o ar-condicionado gasta menos tempo e energia para esfriar o ambiente. A diferença é que a esquadria de PVC suporta vidros mais grossos.
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De acordo com o arquiteto especialista em sustentabilidade, Amilcar Bogo, deve-se analisar todo o processo de fabricação. As esquadrias de alumínio são as que consomem mais energia, se comparadas às de madeira e PVC. Tanto que, segundo o arquiteto, hidrelétricas foram construídas só para abastecer fábricas de alumínio. Abrir uma jazida também causa impacto pela destruição das matas.
O caso da madeira vai muito além do gasto de energia. “Extrair madeira, dessa forma predatória como se faz, gera muito mais dano ambiental do que uma jazida de bauxita [matéria-prima do alumínio] que tem uma área limitada na floresta amazônica”, diz o arquiteto.
Além da destruição de florestas e o corte ilegal, muitas vezes existe trabalho escravo ou mal remunerado. O transporte é caro “porque a minha madeira vem lá do Norte”. Já as grandes mineradoras conseguem dar condições de trabalho melhores e fazer um tratamento de efluentes da água do garimpo.
O custo da extração de madeira vai além do corte de árvores e de transporte caro. (Fabiano Miliorini) |
“Agora, a madeira de reflorestamento, com selo de entidade certificadora ou de manejo florestal, tem pouco impacto ambiental e energia incorporada”, afirma Amilcar Bogo. “A tendência é que não tenhamos produtos de origem florestal sem certificado. É a agenda do século 21. Ninguém mais vai permitir isso.”
“Em termos de degradação ambiental e energia incorporada, a esquadria produzida em madeira ilegal talvez se equivale ao PVC.” O cloreto de polivinila (PVC) consome menos energia que o alumínio, mas, para o especialista, não é sustentável porque é um tipo de plástico e devemos evitar derivados de petróleo.
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